sexta-feira, 27 de abril de 2012

A fisiologia do Amor

 A ciência tem se aprofundado nos estudos para desvendar a complexidade do amor e quais os seus efeitos colaterais. O que eles descobriram: os “sintomas” de amor não são coisas do coração, mas sim, da mente e isso provoca reações fisiológicas no corpo.

Na fase da puberdade, o interesse pelo sexo oposto é despertado. Aquele menino chato começa a se tornar interessante e aquela menina metida se torna a realização de um sonho. Quem impulsiona essa mudança de pensamento são os hormônios sexuais, que nessa fase, começam a ser produzidos intensamente. O hipotálamo (figura 1) é quem envia mensagens químicas que ativam as glândulas produtoras de hormônios sexuais, como a testosterona nos meninos e estrógeno nas meninas. Os feromônios também podem atuar estar associados à fase de escolha do parceiro.

Quando o interesse é correspondido, acontece uma explosão de emoções e sensações. Elas são reguladas por hormônios e regiões específicas do cérebro. Acompanhe essas áreas na imagem abaixo.


A paixão provoca mudanças na regulação hormonal. O corpo sofre um aumento na liberação de endorfina, adrenalina e dopamina, e ocorre uma diminuição nos níveis de serotonina.

A endorfina produz sensações de relaxamento e prazer, resultando na típica “cara de bobo”. Quando se fala que a paixão cega, também está se referindo à ação desse hormônio. O cérebro fantasia a imagem de uma pessoa perfeita, anulando a razão.

A adrenalina e a norepinefrina estimulam o cérebro causando euforia, aceleração dos batimentos cardíacos e falta de sono e apetite. Esses efeitos são sentidos também em outras situações de fortes emoções.

A dopamina proporciona prazer e satisfação no relacionamento tornando o casal feliz. Também estimula a motivação por meio do reforço positivo da recompensa de amar e ser amado.

Os baixos níveis de serotonina estão relacionados ao sentimento de fixação pela pessoa amada. Os mesmos níveis são encontrados em doentes com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Ou seja, a paixão aparentemente enlouquece de verdade.

Após um longo período juntos, o casal desenvolve o amor genuíno. Dessa vez, os hormônios relacionados são a ocitocina e a vasopressina. Esses hormônios contribuem para a união permanente, a necessidade mútua e a confiança um no outro, assim como a fidelidade.

Toda essa explosão estimulante de hormônios pode se tornar um vício. O corpo age como se estivesse sob o efeito de drogas e isso não é saudável. Por esse motivo é que há um limite para a duração da paixão. Os cientistas estimam que a paixão tenha a data de validade de um a dois anos e os níveis hormonais são estabilizados. Isso não é o fim da paixão, mas o avanço para um novo estágio da vida. Cabe ao casal decidir por manter viva a paixão ou não, com momentos cheios de dopamina, adrenalina, endorfina…

No infográfico a seguir, acompanhe as fases do amor e os efeitos que esses hormônios causam em cada parte do corpo dos apaixonados


 


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